11 de set. de 2008

"Para ser humano não precisa ser um herói
Basta ser humano como qualquer um de nós
Para ser humano não precisa ser tão racional
Basta ser humano e apelar para o emocional
Para ser humano não precisa se esforçar
Basta acenar com a mão
E a cabeça balançar
Pode até mentir, pode até chorar
Pode até sorrir, pode até matar
Para ser humano, basta ser humano"

Para Ser Humano (IRA!)

Sou humano. Talvez essa frase seja minha melhor apresentação, mas não a mais inteligente.
Dizer quem sou não é tarefa simples, tenho medo de cair em diversos pecados da contemporaneidade, a escravização da identidade, por exemplo. Muitos de nós somos escravos da identidade. A mídia, as rodas de amigos, todos, querem saber qual a nossa identidade. O Orkut é a maior prova disso. Existe uma catarse louca, numa onda de querer demonstrar-se quem é. No perfil constam dados como: os filmes e livros preferidos, uma breve tentativa de definição, além de uns muitos números de comunidades versando sobre time, namoro, amizade e outros temas. Interessante é perceber a quantidade de pessoas "espionando" Orkut alheio. As pessoas querem saber quem é, com quem anda, o que come. Mas toda a definição ali formulada é pequena. Somos seres humanos únicos e, portanto, indefiníveis. Definir-se é, às vezes, diminuir-se. Ninguém é, pura e simplesmente, um fã de Star Wars, de Marisa Monte e de sushi. Somos muito mais parecidos com ideogramas. Ideogramas podem ser interpretados de diversas formas por pessoas diferentes e em diferentes contextos.
Essa é a magia humana, somos plasmáveis, mutáveis, reinterpretáveis. Entender isso é estar a um passo de compreender outro conceito, autenticidade.

No mais, to indo embora
Fábio

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