1 de jun. de 2010

O hábito é o que te habita
Como a poesia ao poeta
O silência ao som
O mau ao bom
O pedalar a bicicleta

A música é de quem musica
Como a poesia é do poeta
O ar do passarinho
A meta de quem tem caminho
O caminho de quem tem meta
Vento é movimento
Lento e leve, é brisa
Por si só se domina
Faz de si próprio sustento

Cada coisa a seu tempo
Pois com ele vem a rima
Que com o verso se combina
Dá à alma acalento

E se não der, não há tormento
A poesia que agoniza
Ainda assim poetiza
O sim, o não, o fora, o dentro