1 de jun. de 2010

O hábito é o que te habita
Como a poesia ao poeta
O silência ao som
O mau ao bom
O pedalar a bicicleta

A música é de quem musica
Como a poesia é do poeta
O ar do passarinho
A meta de quem tem caminho
O caminho de quem tem meta
Vento é movimento
Lento e leve, é brisa
Por si só se domina
Faz de si próprio sustento

Cada coisa a seu tempo
Pois com ele vem a rima
Que com o verso se combina
Dá à alma acalento

E se não der, não há tormento
A poesia que agoniza
Ainda assim poetiza
O sim, o não, o fora, o dentro

11 de mai. de 2010

Tô sabendo demais

Vivemos como quem nunca vai chegar ao fim , sempre tem algo mais pra viver , alguma coisa mais para descobrir , sempre existe mais caminho para correr.Só o que não existe é o ponto onde se quer chegar. Nós corremos para o check point , jogamos para chegar no final do primeiro tempo.Nós temos partes dos resultados ,somente, talvez possa tudo mudar no próxima metade de tempo , ou possa permanecer.

Bom, a verdade mesmo é que não sabemos de nada, pois sempre estamos numa parte do conhecimento e o todo se torna improvável.Porque amanhã talvez não seja mais a terra que dê voltas no sol, pode ser que não se tenha iniciado tudo do big bang , pode ser que não haja real teoria da evolução.Sei lá, amanhã pode se descobrir, que a física não comprovou os reais fatos , que é tudo imaginação,que foi só um jeitinho didático,entende?

O homem vive em busca do ideal,mas continua virado para o material,que talvez,quem sabe, seja só mais uma mera imagem distorcida do que realmente é, e se só conseguimos ver em parte como vamos poder analisar, criticar e racionalizar o todo.

O que será de nós, pobres homens do século 21 , com suas idéias já dimensionadas e suas metas impossivelmente capazes de serem alcançadas.O que nos resta é parte do todo.Entender o que se vê distorcido,por achar que é real.Mas o real está invisível, por ser claro demais para enxergarmos, nós que estamos presos no que sabemos demasiadamente.

21 de jan. de 2010


Minha vida agora tá decidida. Vou pegar minha bicicleta e mochila. Levarei meu par de patins e uma rede. Vou pedalar só por onde tiver praia, em uma estrada litôranea. Aí, vou parar numa praia bonita, com o céu e o mar azuis. Minha rede há de ficar presa entre dois coqueiros que me façam sombra. Vou andar de patins nos fins de tarde, antes do pôr-do-sol, que é pausa obigatória. Farei amigos com violões e fogueiras à noite. Depois eles vão pegar suas bicicletas e partir comigo.

14 de jan. de 2010